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Mostrando postagens de 2009

ún entre sombras y lejanía...

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Imagem do Blog Colibri ún entre sombras y lejanía pudo descifrar que sus labios modulaban un verso pausado en un idioma que a juzgar por su fervor, bañaba su sangre, palabras para nadie más, solo para un ave, que como un secreto descuidado compartió la magia de una ilusión con las alas que deseaban abrazar sus orillas, pues de aquel poema en sus labios mudos, sentí que a pesar de ser un amante en silencio, ambos besábamos el anhelo de un amor en el reflejo de los pensamientos colibri
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"O que me dói não é o que há no coração mas essas coisas lindas que nunca existirão." Fernando Pessoa Sempre te busco, nunca te encontro. Que nuvem densa, múltipla e vária, te oculta aos olhos que te sonharam? E vão te chamo. Eco perdido, a voz retorna. Frágil e tímida, deu volta ao mundo. Não te encontrou. Meu pensamento sobe bem alto, sobe mais alto. Espelho mágico, mostra-te aos astros. Nenhum te viu. Ninguém te viu, nem te verá. Morres comigo. Emílio Moura

Nunca houve palavras

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Nunca houve palavras para gritar a tua ausência Apenas o coração Pulsando a solidão antes de ti Quando o teu rosto dóia no meu rosto E eu descobri as minhas mãos sem as tuas E os teus olhos não eram mais que um lugar escondido onde a primavera refaz o seu vestido de corolas. E não havia um nome para a tua ausência. Mas tu vieste. Do coração da noite? Dos braços da manhã? Dos bosques do Outono? Tu vieste. E acordas todas as horas. Preenches todos os minutos. acendes todas as fogueiras escreves todas as palavras. Um canto de alegria desprende-se dos meus dedos quando toco o teu corpo e habito em ti e a noite não existe porque as nossas bocas acendem na madrugada uma aurora de beijos. Oh, meu amor, doem-me os braços de te abraçar, trago as mãos acesas, a boca desfeita e a solidão acorda em mim um grito de silêncio quando o medo de perder-te é um corcel que pisa os meus cabelos e se perde depois numa estrada deserta por onde caminhas nua. Como se estivesses triste Joaquim Pessoa

contigo

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nas brumas do escuro mar ou nas areias frias de um deserto num breve segundo, a eternidade nas tristes sombras da saudade impensada dor da minha treva depois, de tão cansada caminhada de solitária dor, alma sofrida pelos caminhos rudes desta lida contigo, em meus braços, minha vida, ...impensada luz da minha treva reginahelena

VOLTA DE PASSEIO

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Assassinado pelo céu, entre as formas que vão para serpente e as formas que buscam o cristal, deixarei crescer os meus cabelos. Com a árvore de tocos que não canta e o menino com o branco rosto de ovo. Com os animaizinhos que a cabeça rota e a água esfarrapada dos pés secos. Com tudo o que tem cansaço surdo-mudo e mariposa afogada no tinteiro. Tropeçando com meu rosto diferente de cada dia. Assassinado pelo céu! García Lorca

Ya nunca olvidaré

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Ya nunca olvidaré Pero quién habla de olvido en la prisión en que tu ausencia me deja en la soledad en que este poema me abandona en el destierro en que me encuentra cada hora Ya nunca despertaré Ya no resistiré el asalto de las inmensas olas que vienen del dichoso paisaje que tú habitas Demorándome afuera bajo el frío nocturno me paseo sobre esta encumbrada tabla de donde se cae de golpe Yerto bajo el espanto de sueños sucesivos y agitado en el viento de años de ensueño prevenido de aquello que termina por encontrarse muerto en el umbral de castillos abandonados en el lugar y a la hora convenidos pero inhallables en las llanuras fértiles del paroxismo y del único objetivo este nombre antes adorado en el cual pongo toda mi destreza en deletrear siguiendo sus transformaciones alucinatorias Así una espada atraviesa de parte a parte una bestia o bien una ensangrentada paloma cae a mis pies convertidos en roca de coral sustento de despojos de aves carnívoras Un grito repetido en cada teatr

Primavera...

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Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada, que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar.... Florbela Espanca

Bastava-nos amar. E não bastava.

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Bastava-nos amar. E não bastava o mar. E o corpo? O corpo que se enleia? O vento como um barco: a navegar. Pelo mar. Por um rio ou uma veia. Bastava-nos ficar. E não bastava o mar a querer doer em cada ideia. Já não bastava olhar. Urgente: amar. E ficar. E fazermos uma teia. Respirar. Respirar. Até que o mar pudesse ser amor em maré cheia. E bastava. Bastava respirar a tua pele molhada de sereia. Bastava, sim, encher o peito de ar. Fazer amor contigo sobre a areia. Joaquim Pessoa in Português Suave

Amor silêncio

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Amor silêncio amargo a roçar-me a morte grito partido do vidro sobre o peito ilha deserta no meio das capitais do norte grilhetas ajustadas no rio em que me deito. Distância cumulada remanso duma espera ponte de aventura do dois à unidade amor brilho raiando a chave do desejo minuto adormecido ao pé da eternidade. Amor tempo suspenso, ó lânguido receio, no pranto do meu canto és a presença forte estame estremecido dissimulado anseio amor milagre gesto incandescente porte. Amor olhos perdidos a riscar desenhos em largo movimento o espaço circular amor segundo breve, lanceta, tempo eterno no rápido castigo da lua a gotejar. Salette Tavares

Vigilância

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A estrela que nasceu trouxe um presságio triste: inclinou-se o meu rosto e chorou minha fronte: que é dos barcos do meu horizonte? Se eu dormir, aonde irão esses errantes barcos, dentro dos quais o destino carrega almas de angústia demorada e cega? E como adormecer nesta Ilha em sobressalto, se o perigo do mar no meu sangue se agita, e eu sou, por quem navega, a eternamente aflita? E que deus me dará força tão poderosa para assim resistir todas a vida desperta e com os deuses conter a tempestade certa? A estrela que nasceu tinha tanta beleza que voluntariamente a elegeu minha sorte. Mas a beleza é o outro perfil do sofrimento, e só merece a vida o que é senhor da morte. Cecília Meireles in Mar Absoluto

Poema àquela certeza

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É esta certeza que o tempo intercepta – grave rumor do salgueiro ao vento vento rumor próprio do tempo. É esta certeza que o rio desenha na água o vidro....no fundo a sombra sombra da sombra que se faz na água. É esta certeza que o vento impele na água a folha ....no fio do tempo tempo do tempo que o rio engendra. É esta certeza que o rumor acende e deixa no ar redemoinhos círculos de vento que o vento leva. Vieira Calado

Canto Esponjoso

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Canto Esponjoso Bela esta manhã sem carência de mito, E mel sorvido sem blasfémia. Bela esta manhã ou outra possível, esta vida ou outra invenção, sem, na sombra, fantasmas. Humidade de areia adere ao pé. Engulo o mar, que me engole. Calvas, curvos pensamentos, matizes da luz azul completa sobre formas constituídas. Bela a passagem do corpo, sua fusão no corpo geral do mundo. Vontade de cantar. Mas tão absoluta que me calo, repleto. Carlos Drummond de Andrade

Meu ser evaporei na lida insana

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Meu ser evaporei na lida insana do tropel de paixões que me arrastava: Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava em mim quase imortal a essência humana. De que inúmeros sóis a mente ufana existência falaz me não dourava! Mas eis sucumbe Natureza escrava ao mal, que a vida em sua origem dana. Prazeres, sócios meus e meus tiranos! Esta alma, que sedenta e si não coube, no abismo vos sumiu dos desenganos. Deus, ó Deus!... Quando a morte à luz me roube ganhe um momento o que perderam anos saiba morrer o que viver não soube. Bocage

NÃO MORRERAM, PARTIRAM PRIMEIRO

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NÃO MORRERAM, PARTIRAM PRIMEIRO (Amado Nervo) Choras os teus mortos com tanto desalento que parece até que és eterno Eles não morreram, apenas partiram primeiro. Como lobo faminto, te agitas impaciente, na ansiedade de desvendar os mistérios que poderão ser simples, transparentes e brilhantes aos quais terás acesso quando tu mesmo morreres. Eles não morreram, apenas partiram primeiro, diz sabiamente o provérbio inglês. Eles partiram antes... Por que insistis em questionar o porque? Deixa-os sacudir o pó da estrada. Deixa-os curar no colo do Pai os pés feridos da longa caminhada. Deixa-os descansarem os olhos nos verdes pastos da paz. Antes, preparas a tua bagagem, pois o comboio te espera. E essa sim, é uma tarefa prática e eficiente. Verás os teus mortos, e isso é um fato próximo e inevitável. Então não tenhas a menor pressa em alterar as poucas horas do teu descanso. Eles, num impulso quebraram as barreiras do tempo e te esperam pacientemente. Apenas foram num comboio anterior. A mor

Tres poemas

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Chegaste de mansinho docemente Bateste à porta do meu mundo levemente Olhaste à volta e viste desilusão desânimo Sorriste e ofereceste os braços abertos O caminho era árido mas aceitaste a caminhada Unimos as mãos e subimos a íngreme escada... Maximina Girão Pétalas de Sol Pétalas de Sol